Pulmões Verdes (Alemanha, Áustria)

Pulmões Verdes (Alemanha, Áustria)


 

Concepção da ideia e concepção técnica

Laurenz Gebesmair, estudante de arquitetura

Julia Honisch, estudante de arquitetura

Louise Teuber, estudante de arquitetura

Roland Wück, consultor (University of Natural Resources and Life Sciences – Vienna)

 

Produção

Município de Ponte de Lima

 

Fotografias

Amândio de Sousa Vieira

 

 

A utilização do conceito dos pulmões como elemento principal de conceção pode parecer um pouco óbvio nos nossos tempos pós-pandémicos, mas é certo que uma abordagem aparentemente simples transmite frequentemente uma mensagem igualmente clara e direta. Com o tema da pandemia e a nossa vida quotidiana desgastante, continuámos a encontrar diferentes pontos focais que nos ajudaram a apresentar uma variedade de ideias e conceitos para um jardim saudável. Um elemento recorrente no nosso processo de conceção foi a possibilidade de interagir com o que está a ser criado, uma característica fundamental da nossa abordagem. A procura de espaços exteriores calmantes e relaxantes é elevada, por isso criámos os pulmões verdes, para recordar e experienciar o valor da respiração consciente através de diferentes elementos de design.

Ao entrar, encontramo-nos inicialmente num tubo que influencia os visitantes pela sua estreiteza. A secção destina-se a deixar pouco espaço para a permanência e a encorajar uma saída rápida, como a respiração de ar numa traqueia. Por um lado, a disposição dos arcos representa a forma anatómica da traqueia e, por outro, a posição esparsa destina-se a prenunciar apenas um vislumbre do terreno.

Posteriormente, entra-se nos pulmões. A pérgula aberta e com plantas contrasta com o tubo estreito e sincronizado e acrescenta volume ao espaço. Ao mesmo tempo, as plantas suspensas na construção fazem uma ligação com os canteiros elevados no solo. Estes canteiros representam “ilhas” verdes dentro dos pulmões, cuja topografia torna o espaço maior e mais emocionante. As gramíneas e perenes com alturas variáveis plantadas sobre elas reforçam este efeito, criando uma sensação de segurança e formando um limite claro para a área exterior. Três alvéolos proporcionam uma maior interação com o espaço desenhado. Cada um destes canteiros possui um tema sensorial, filtrante ou curativo especialmente descrito, que deve ser adivinhado. É tolerado colher destes canteiros, mas é preciso lembrar que se trata de um sistema frágil, muito semelhante aos nossos pulmões. Os alvéolos reforçam a ideia dos pulmões verdes, porque as plantas são a fonte de fornecimento de oxigénio para o nosso sistema respiratório.

Ao afastarmo-nos das construções, podemos ver a área que descreve o ambiente fora do nosso corpo. O subsolo escuro e as plantas espinhosas criam uma atmosfera diferente e estão em contraste direto com a construção orgânica.

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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