A instalação Honey Scape pretende ser um abrigo para o visitante, cativando-o pelo seu ambiente onírico com vegetação aromática. Este ambiente é definido por uma estrutura leve e transparente, baseada nos favos de mel, que pretende criar uma dinâmica de luz e cor ao longo do dia. A instalação evita mimetizar ou confrontar a paisagem, propondo uma sinergia homem, natureza e tecnologia.

O conceito de rede é utilizado para definir uma estrutura experimental leve e resistente em policarbonato alveolar. A geometria hexagonal dos favos é organizada segundo três referências – a do arco parabólico, das superfícies autoportantes e dos processos de adaptação material.

Assim, os favos funcionam em parte como as aduelas de um arco parabólico que se suportam mutuamente, adoptando uma configuração de uma superfície portante de dupla curvatura (parabolóide hiperbólico), ajustando a sua dimensão à sua posição relativa na estrutura. Como tal, os favos são maiores na base diminuindo de tamanho e altura até ao cimo da estrutura. Para gerar e manufacturar os componentes, recorreu-se ao uso de programação e de fabrico assistido por computador.

Para materializar esta estrutura complexa, desenvolveu-se um sistema construtivo low-tech. No entanto, tal como acontece com as abelhas nos favos, este sistema necessita de trabalho colaborativo para a sua montagem. O trabalho em rede e a auto-organização, tal como inspiraram a inteligência artificial, inspiraram também esta solução. Propõe-se arte-bio-tecnológica para uma simbiose homem/natureza.