José Gomes de Sousa

 

José Gomes de Sousa


Percurso de uma Vida



João Maria Carvalho



Nasceu no dia 30 de Janeiro de 1943, na freguesia de Grimancelos, no concelho de Barcelos, rapaz, e o primeiro de 11 irmãos a quem os pais, Fernando Ferreira de Sousa (carpinteiro) e Emília Gomes de Oliveira (doméstica), deram o nome José: na verdade, no registo civil ficou inscrito o seu nome completo – José Gomes de Sousa.

A partir daquele dia, iniciou o seu percurso entre os humanos e, um dia depois de ter nascido, recebeu o sacramento do Baptismo. É que havia guerra e muitas doenças, ao tempo, mas o menino José cresceu saudável.

A escola primária foi mesmo lá, na freguesia de Grimancelos. Aí aprendeu as primeiras letras com a professora Amélia Romanzeira, que bem recorda, e os pais, reconhecendo-lhe manifestações de vocação sacerdotal, matricularam-no, em 1955, nos seminários arquidiocesanos de Braga, tendo começado o seu percurso no Seminário de Nossa Senhora da Conceição (o Seminário Menor) vulgarmente conhecido por Tamanca, onde se apresentou em 5 ou 6 de Outubro.

Aí, ao lado de 136 condiscípulos, cumpriu horários diários com o levantar às 6h00 e deitar às 21h30, para rezar, estudar, fazer ginástica, assistir às aulas, ter recreio e fazer passeio ao fim de semana, até ao estádio 28 de Maio (ao tempo) ou até ao monte Picoto. Aí foi recebendo as visitas dos pais e da irmã Ana, a pessoa que o acompanhou ao longo destes 50 anos, em Ponte de Lima. Todos os anos participava na peregrinação ao Sameiro, a pé, desde a cidade de Braga, tendo (como todos) a felicidade de poder acompanhar a família na refeição, no fim das cerimónias litúrgicas. Na sua passagem pelos seminários, sempre fez uma das coisas de que sempre gostou: jogar futebol. Sempre fez parte da selecção de futebol dos seminários de Filosofia (em Santiago) e Teologia (na rua Sta. Margarida) como defesa esquerdo. Aí recebeu formação e uma educação marcada por uma disciplina repleta de exigência e rigidez.

Em 15 de agosto de 1967 recebeu o sacramento da Ordem, sendo Ordenante D. Francisco Maria da Silva, Arcebispo de Braga.

A partir daí, o Padre José Gomes de Sousa - Padre Zé, como carinhosamente costumam chamar-lhe as pessoas que com ele se cruzam, vivem e convivem - começou a sentir o peso da responsabilidade sacerdotal ao ser nomeado, em 1967, pároco de Paçô e Oliveira, nos Arcos de Valdevez.

Mesmo assim, foi visitando e permanecendo por Ponte de Lima, a convite do Pe. João Lopes – também ele natural do concelho de Barcelos - que, ao tempo, tinha vida muito activa, nomeadamente com a condução dos destinos da Oficina de S. José, na Villa Moraes, que se dedicava ao ensino (Externato Cardeal Saraiva) e ao apoio a crianças e jovens, na continuação do exercício e da iniciativa do Cónego Manuel José Barbosa Correia.

Em 30 de Junho de 1968 foi nomeado Vigário Cooperador (Coadjutor) de Ponte de Lima, ajudando a missão do então pároco, Pe. Carlos, que mais tarde foi o Bispo D. Carlos Martins Pinheiro. Homem mais novo, com ideias novas, foi convidado a leccionar no Externato, ao longo de um ano, as disciplinas de Geografia e Educação Moral.

Na qualidade de Vigário Cooperador, aderiu e liderou o Movimento Oásis nascido em 1950, em Roma, que chegou a Portugal em 1958. O Movimento representava um esforço de vida espiritual da juventude orientada para o ideal de santidade. Em Ponte de Lima congregou, nessa altura, aproximadamente três dezenas de jovens que ainda hoje reconhecem o valor do Oásis, ao ponto de Amândio Vieira, que foi um dos seus membros, se lhe referir nos seguintes termos:

“O Movimento apareceu (em Ponte de Lima) no final da década de sessenta e era um movimento muito virado para os jovens, em que se criava uma fraternidade muito cristã, com reuniões, missas periódicas, algumas até no colégio D. Maria Pia. E o valor do Oásis é que envolvia com muita alegria a juventude. Tínhamos encontros em Braga, com oasistas de todo o Portugal e alguns que vinham de Itália, país onde nasceu o Movimento. Chegou a vir cá o fundador, o Pe. Virgílio Rotondi que era um sacerdote muito inteligente e dali (daquele Movimento), chegou a sair gente muito boa, nomeadamente raparigas que quiseram seguir a vida religiosa, e enfermeiras, sempre viradas para o mundo. Era muito bonito. Os rapazes tinham uma atitude mais responsável porque, até ali, nós, embora tivéssemos regras, na verdade não havia nenhum movimento de jovens católicos. Então, nós sentíamo-nos um pouco à deriva, e aqueles valores cristãos foram-nos incutidos através do Oásis. Eu acho que duram até aos dias de hoje, e esse foi o grande mérito do Oásis, um Movimento que permitiu a criação de uma grande amizade entre as pessoas.”

Entretanto, em 1969, o Pe. José Gomes de Sousa era nomeado pároco de Santa Maria dos Anjos, em Ponte de Lima, tendo dois anos mais tarde (10-11-1971) assumido, também, os destinos espirituais do povo da freguesia de Arca.

Em 1975, ainda prestou serviço de apoio religioso, em substituição, ao longo dos três meses de verão, na freguesia de Vila Praia de Âncora.

Entretanto, na diocese de Viana do Castelo, mercê do seu prestígio e capacidade de trabalho, foi sendo convidado para o desempenho de vários cargos, de que se destacam, por exemplo, o de Juiz Pró-Sinodal do Tribunal Eclesiástico de Viana do Castelo, entre 1982 e 1984. Entretanto, em 23 de Fevereiro de 1984, o Pe. José Gomes de Sousa foi nomeado Juiz do Tribunal Eclesiástico de Viana do Castelo, cargo que desempenhou até 2003, tendo feito, entretanto, uma interrupção para realizar o Curso de Pós-Graduação em Direito Canónico, na Universidade de Navarra, em Pamplona, na Espanha, que decorreu de Outubro de 1984 até finais de 1985.

Foi, ainda, Membro do Conselho Episcopal nos anos 2006 e 2007 e é Membro do Conselho Presbiteral desde 29 de Maio de 1979 e Membro do Colégio dos Consultores Diocesanos desde 2004.

Mas os cargos não ficaram por aqui e em 2002, o Pe. José Gomes de Sousa foi empossado como Membro da Comissão Sinodal, e em 2006 como vogal do Conselho Fiscal da Casa Sacerdotal de Viana do Castelo. Três anos mais tarde foi eleito 1º Vogal da Direcção da mesma Casa Sacerdotal.

Entretanto, em 2006 foi nomeado Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico, cargo que tem ocupado até ao presente.

O seu trabalho e afazeres continuaram, e o clero do concelho elegeu-o Arcipreste de Ponte de Lima, função que ocupou ao longo de tês anos (2006 a 2008), tendo-lhe sucedido no cargo o Pe. Dr. José Correia Vilar que com ele trabalhou ainda antes de ter sido ordenado e que nos deixa o seu testemunho sobre Mons. Dr. Pe. José Gomes de Sousa:

“Fui por ele acolhido na Vila de Ponte de Lima, como estagiário, ainda diácono, em Outubro de 1982, partilhando as refeições com ele, em casa... Conheci-o com um coração atento e preocupado na ajuda a uma preparação séria para o meu serviço pastoral e como presbítero que deixou marcas: na fidelidade à Igreja, na seriedade da vida espiritual e seu cuidado, na atenção às orientações dos superiores, desde o Santo Padre ao Bispo diocesano, colocando acima de tudo os seus deveres de padre e diocesano.

De profunda espiritualidade, não descurava o contacto de proximidade com as famílias nem uma partidinha renhida de futebol... para aliviar.

Aprendi (e aprendo) dele o cuidado na preparação das reuniões de formação – catequistas, grupos e movimentos paroquiais – e das homilias ou conferências de maior responsabilidade.

É o sacerdote sempre fiel aos seus princípios, à sã doutrina, que não se coíbe de anunciar, passando ao lado de críticas ou oposições, contornando os obstáculos e seguindo o caminho decidido que conhece desde sempre, impassível ao que o poderia derrubar ou desviar do seu serviço sacerdotal.

Trabalha em vários organismos eclesiais, com a idade a avançar, sempre jovem, com boa disposição e serviçal, mas enfrentando a verdade e sugerindo caminhos para os tempos de hoje, sem servilismos nem subserviências.

Tenho nele um amigo padre e um padre amigo. Sempre à minha frente.”

O Pe. José Gomes de Sousa conduziu a paróquia de Ponte de Lima com generosidade e firmeza. Sacerdote sempre atento aos princípios e valores da Igreja mas avesso à exposição, a festas a ele dirigidas e a elogios, foi tentando entender o encontro com que a paróquia quis assinalar, em 1992, os seus 25 anos de sacerdócio. Na festa, entre tantas pessoas, quiseram estar presentes os bispos D. Carlos Pinheiro e D. Armindo Lopes Coelho.

Efectivamente, o Papa, depois de uma análise atenta da Santa Sé às propostas dos Bispos de cada diocese, pode conceder e atribuir títulos, entre outros, ao clero diocesano. É neste contexto que o Pe. José Gomes de Sousa foi elevado à dignidade de Monsenhor por decisão do Papa Bento XVI, tendo a cerimónia de tomada de posse sido realizada em 23 de Agosto de 2010, na Sé de Viana do Castelo, sendo Bispo da Diocese D. José Pedreira.

A sua humildade e generosidade e a sua conduta e relacionamento afáveis, associados a uma força e um carácter inexcedíveis, continuam a granjear-lhe a estima e o reconhecimento de toda a população, bem como a dos próprios condiscípulos. A ele se refere o pároco de Fojo Lobal e Rebordões (Santa Maria), Pe. Filipe Araújo:

“Celebrando-se este ano o Centenário das Aparições de Fátima e o 50.º Aniversário da ordenação sacerdotal de Monsenhor Dr. José Gomes de Sousa, o Pe. Filipe agradece a Deus o dom da vida e da vocação sacerdotal que o Senhor concedeu ao seu amigo e condiscípulo, pois desenvolveu um profícuo apostolado na diocese, na paróquia e com os colegas sacerdotes.

Assentam-lhe muito bem as palavras que num dia de 1972, em Enxomil, lhe foram dirigidas por um grande santo – São José Maria – quando se lhe dirigiu chamando-lhe “curita maravilhoso” (pároco admirável).

Pois então, peço a Deus que lhe conceda vida e saúde por muitos anos.”

Para melhor realizar a sua missão de Pastor, fez o possível por estar mais próximo dos jovens e da comunidade limiana e, assim, de 7 de Outubro de 1970 a 30 de Setembro de 1984, desempenhou funções de professor de Moral e Religião na Escola Preparatória António Feijó, em Ponte de Lima. O Pe. José afirmava-se em Ponte de Lima, nomeadamente entre a massa estudantil, ao ponto do actual Director de Agrupamento de Escolas António Feijó, Professor José António Silva, se lembrar, ainda como aluno dessa Escola, que um colega (o Valdemar) lhe confidenciava que vinha “para cá um padre novo de quem dizem que é capaz de dar a roupa do corpo pelo seu semelhante”.

Ao longo da sua vida, Monsenhor Dr. José Gomes de Sousa tem realizado um próspero e fecundo trabalho. Como pároco e, por inerência, presidente das várias confrarias da paróquia de Santa Maria dos Anjos, em Ponte de Lima e Arca, ficam à vista de todos os restauros profundos nas Capelas (Oratórios) da Senhora da Guia, S. João e Senhora da Lapa, na Igreja de Arca e, bem assim, os restauros no altar de N. S. de Fátima e da Senhora das Dores, na Igreja Matriz. Fica também uma referência à automatização da torre sineira da Matriz.

Realizou obras de vulto na residência paroquial, restaurando-a e remodelando-a por forma a poder ser utilizada ainda para outros fins, que não apenas o de residência paroquial.  

Também o edifício da Confraria do Espírito Santo, na esquina da rua da Abadia com a rua Manuel Morais, foi há bem pouco tempo objecto de intervenção e de um restauro profundo. Esse edifício serviu e serve para as sessões da catequese, mas foi até há bem pouco tempo, também, espaço para as aulas da Escola de Música da paróquia - inicialmente a funcionar no Colégio D. Maria Pia - também ela criada pela mão do então Pe. José Gomes de Sousa, logo no início da década de 80.

Pensando nas crianças e nas pessoas mais idosas de Ponte de Lima, Mons. José Gomes de Sousa promoveu e criou o Centro Paroquial e Social de Ponte de Lima, um espaço que comporta as valências de Actividades de Tempos Livres e Centro de Dia e que, a funcionar já desde Março de 1998, foi inaugurado a 30 de Abril de 1999.

Mas os seus talentos têm sido postos a render, e Mons. José Gomes de Sousa é Presidente do Instituto Limiano-Museu dos Terceiros desde 16 de Março de1988, substituindo na presidência o Dr. Alexandre Rocha. Como tal, continuou a aposta na conservação dos espaços e da arte sacra do Museu. O Orfeão Limiano, uma das valências do Instituto Limiano-Museu dos Terceiros, continuou a merecer-lhe a maior atenção e apoio, primeiro até ao ano 2009 em que, depois de 30 anos de actividade, sofreu uma pausa no seu trabalho. Depois, mercê do empenho do Pe. José Gomes de Sousa, o Orfeão retomou, em 2013, a actividade regular que vem mantendo até ao presente.

Na qualidade de Presidente do Instituto Limiano-Museu dos Terceiros, assinou, em 18 de Fevereiro de 2002, juntamente com a Câmara Municipal de Ponte de Lima, o protocolo que permitiu a cooperação na preservação dos testemunhos históricos e patrimoniais da região assumindo como prioridade a reactivação do já existente Museu dos Terceiros, criado por provisão da Autoridade Eclesiástica em 2 de Janeiro de 1975, depois do aval da Secretaria de Estado da Instrução e Cultura, de 4 de Fevereiro de 1974.

Mas não fica por aqui a sua acção, sendo a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, também, um dos campos da sua actividade profunda. Sempre preocupado com a missão humanitária e social da Instituição, relembra o Compromisso, apoia as iniciativas, participa nos actos religiosos, visita e acompanha os utentes.

Foi Vice-Provedor da Instituição de 1977 a 1982 e desempenha o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral desde 1989 até ao presente, estando eleito para o mesmo cargo até 2019.

A ele e à sua postura, saber e presença se refere o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Alípio de Matos, nestes termos:

"O Senhor Padre José de Sousa, pelo seu saber, a sua experiência e a sua forma de ser e estar na sociedade, como sacerdote e cidadão, é um elemento indispensável na constituição de uma equipa sóbria e estável que tenha por objectivo estar ao serviço do próximo."

Mas a sua disponibilidade para fins humanitários faz, também, com que seja o sócio n.º 280 dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima e seu Capelão desde 3 de Janeiro de 1997 até aos dias de hoje.

Como pároco de Santa Maria dos Anjos, faz parte, por inerência, da Comissão das Feiras Novas e da sua festa em honra de N. S. das Dores.

Monsenhor José Gomes de Sousa tem merecido, ao longo destes 50 anos ao serviço de Ponte de Lima, a estima e a admiração de todos os limianos. Pela sua integridade, pelo seu carácter, pelo seu espírito solidário, tem sabido conquistar as pessoas através de uma pastoral firmada no exemplo de Homem e de Sacerdote.

Fica aqui, também, para o confirmar, o testemunho do Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Victor Mendes:

“Conheço o Monsenhor Dr. José Gomes de Sousa há mais de três décadas, e sempre observei nele uma postura reservada, mas um observador atento e disponível, exemplo ao Serviço da Comunidade.

Servir é uma Vocação, e estou certo que se encontra realizado pelo trabalho que, ao longo deste tempo, desenvolveu com as Paróquias de Arca/ Ponte de Lima.

Reconheço, quer a nível pessoal, quer a nível institucional, capacidades de boa articulação e diálogo, cooperando com todos de igual modo, numa assertividade exemplar.

A construção do Centro Paroquial assentou nestes sólidos princípios e materializou o sonho de prestar apoio às nossas crianças, jovens e idosos, em resumo, às Famílias, célula social que sempre defendeu.

Muitos Parabéns. Este momento é de festa, é de celebrar com alegria as suas Bodas de Ouro Sacerdotais e presto-lhe, nestas singelas palavras, um sincero agradecimento, confessando-lhe a minha estima e respeito pessoal. Considero-o uma referência, um exemplo para todos nós, que servimos causas e Instituições.

Não posso esquecer a família, em especial a D. Ana, irmã sempre presente, a quem também endereço um bem-haja!

Por último desejo-lhe as maiores felicidades e um futuro próspero neste Caminho da Fé e de Vida.”

Mons. José Gomes de Sousa continua, com firmeza, a missão que a Igreja lhe confiou: exigente para consigo mesmo, fidalgo no trato, generoso para com as pessoas, educado na postura, exemplo de trabalho, amigo incondicional, homem bondoso, padre disponível, a todo o momento, para todos (muitas vezes com o sacrifício do descanso merecido): é assim que eu próprio o tenho visto, se não há mais, pelo menos ao longo destes 37 anos que com ele mais proximamente tenho colaborado e convivido.

Para Mons. José Gomes de Sousa, uma mensagem de parabéns por 50 anos de sacerdócio dedicado e autêntico, a admiração pelo trabalho realizado e o desejo de muita saúde para continuar a sua nobre mas exigente missão.

 

Publicado na LIMIANA – Revista de Informação, Cultura e Turismo
n.º 49, de Abril/Maio/Junho de 2017

 

Nota
Monsenhor José Gomes de Sousa faleceu a 14 de Fevereiro de 2022, com 79 anos de idade.
As cerimónias fúnebres, presididas por D. João Evangelista Lavrador, Bispo da Diocese de Viana do Castelo, realizaram-se na Igreja Matriz de Ponte de Lima, no dia 16 de Fevereiro, tendo prosseguido, no mesmo dia, na Igreja Paroquial de Grimancelos, em Barcelos, sua terra natal, onde ficou sepultado.
Em nota difundida no dia do seu falecimento, o Município de Ponte de Lima reconheceu e enalteceu a sua missão em Ponte de Lima e manifestou o seu mais profundo pesar pela perda do sacerdote que acolheu a vila de Ponte de Lima como sua e se tornou um homem da terra, conhecido e respeitado por todos.

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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