Manuel Aurora

 
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Manuel Aurora


 

Manuel Aurora (Manuel Souto Maior de Sá Coutinho) nasceu em Ponte de Lima, na Casa de Nossa Senhora d’Aurora, em 16 de Abril de 1933, sendo o mais novo dos nove filhos do Escritor José de Sá Coutinho, Conde d’Aurora.

Viveu grande parte da sua mocidade no Porto, onde seu pai desempenhou durante cerca de 30 anos as funções de Juiz do Tribunal de Trabalho, “um juiz verdadeiramente integérrimo (superlativo absoluto simples de íntegro), de uma época em que tínhamos uma justiça de mão cheia e juízes de um prestígio enorme…”

Manuel Aurora tirou o curso de Engenharia Civil e Minas, tendo começado por desenvolver a sua actividade profissional em vários pontos do interior do país e fixando-se posteriormente em Lisboa.

Ainda na fase do estágio de Engenharia Civil, foi encarregue de fazer o estudo do betão para o tabuleiro da Ponte da Arrábida, no Porto, o maior arco de betão da Europa, na época.

Em Lisboa, trabalhou em diversas empresas, mas perdeu o emprego após o 25 de Abril, vendo-se forçado a emigrar para Espanha e dali para o Brasil, onde permaneceu durante quatro anos com a família.

Em 1978 regressou a Portugal, retomando em Lisboa a sua vida profissional em várias empresas de construção civil e acabando os últimos anos de profissão como avaliador de imóveis para vários bancos portugueses.

É autor do livro “O Menino o Homem e o Rio”, um romance autobiográfico onde é descrita “com notável arte de escrita e de observação e com grande sentido humano e espiritual, a vida, de certo modo aventurosa, do autor, mas também as mudanças, alegrias e agruras de uma geração, de uma sociedade e de um País”.

 

Bibliografia


O Menino o Homem e o Rio

Romance autobiográfico de Manuel Aurora onde o autor fala de si com muita simplicidade, descrevendo como nasceu e onde, como cresceu, que educação recebeu, e de que modo a sua vida primeiro se integrou e depois, por assim dizer, se desintegrou nos tumultos do PREC.

Manuel escreveu como quem fala, à noite, à roda de uma mesa de família ou de amigos, contando como faziam os antigos contadores de estórias.

Um livro escrito para os seus filhos, família, amigos e para aqueles leitores que tenham a curiosidade de saber como viveu quem de repente, nos piores momentos da Revolução de Abril, viu cerceados e perseguidos os seus direitos a um pensamento livre, ao exercício honesto da sua profissão, tendo de fugir para o Brasil com a família.

De regresso a Portugal, ainda que sem fazer acusações nem guardar ressentimentos, decidiu falar desses como de outros assuntos, sendo muito especialmente interessantes as descrições da cidade do Porto dos seus anos de menino, a cidade de Lisboa já dos anos 60, e a sua eterna pátria do coração, Ponte de Lima, com o seu rio e as muitas aventuras que as suas águas foram presenciando.

Yvette Centeno

 


Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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