Monumento a António Feijó

 

Monumento a António Feijó

 

O Monumento a António Feijó, Poeta e Diplomata nascido na vila de Ponte de Lima no dia 1 de Junho de 1859, está inserido num dos espaços mais nobres de Ponte de Lima, em frente aos Paços do Concelho e junto à avenida com o seu nome.

O monumento, com enquadramento do arquitecto Paulo Cunha, onde sobressai o busto de António Feijó, da autoria do Escultor Teixeira Lopes, foi inaugurado em 1 de Junho de 1938, dia em que completaria 79 anos de idade e 21 anos após a sua morte, em Estocolmo, na Suécia, onde era Embaixador de Portugal. A sua construção foi integralmente suportada por fundos obtidos com recurso a subscrição pública, através de comissões organizadas em Lisboa, Porto, Viana do Castelo e Ponte de Lima encabeçadas por grandes figuras nacionais e locais, como Norton de Matos, Delfim Guimarães, Júlio Dantas, Luís de Magalhães, Antero de Figueiredo, Artur de Barros e João Gomes de Abreu.

Para além do busto, sobressaem neste conjunto escultórico duas quadras do poema de António Feijó adoptado para letra do Hino a Ponte de Lima, com adaptação de António Matos Reis.

Local de culto da comunidade limiana, especialmente da comunidade estudantil, o Monumento a António Feijó é também local de passagem obrigatória para os turistas mais esclarecidos que visitam Ponte de Lima, com evocação, por vezes, da sua vida e obra poética.

A poesia de António Feijó, reunida na obra “Poesias Completas” desde 1940 pela Livraria Bertrand, foi reeditada em 2004, com o apoio do Município de Ponte de Lima e sob a direcção do Prof. Doutor José Cândido de Oliveira Martins, docente da Universidade Católica Portuguesa, que vem desenvolvendo um notável trabalho de divulgação da nossa cultura histórico-literária, tendo-se seguido a publicação, em 2005, da obra “Poesias Dispersas e Inéditas”, sob a direcção do mesmo docente.

Segundo José Cândido de Oliveira Martins, “uma interessante demonstração da qualidade da obra poética de António Feijó é bem visível nos juízos que mereceu a outros poetas mais ou menos consagrados. A título de exemplo, António Nobre refere-se a Feijó como «impecável artista»; Antero de Quental, em registo epistolar, louva-lhe «uma mestria de forma verdadeiramente rara»; Alberto de Oliveira distingue-o como «poeta lírico no mais alto sentido»; Delfim Guimarães considera-o «artista primoroso» e Eugénio de Castro celebra o poeta limiano no soneto «Amor e Glória», tal como Teófilo Carneiro no soneto «O Regresso do Rouxinol». Mais recentemente, Urbano Tavares Rodrigues considera António Feijó «o mais autêntico poeta da geração parnasiana de 80»; António Manuel Couto Viana cataloga-o como «grande poeta português»; e David Mourão-Ferreira aprecia-o como um «poeta de difícil filiação e de vasta paleta estética».

 

Programa emitido pela TSF em Agosto de 2016, com a participação do Prof. Doutor José Cândido de Oliveira Martins, sobre o Poeta António Feijó e o monumento que lhe foi erigido em Ponte de Lima, em 1938:

 Primeira parte

 Segunda parte

 

Ponte de Lima no Mapa

Ponte de Lima é uma vila histórica do Norte de Portugal, mais antiga que a própria nacionalidade portuguesa. Foi fundada por Carta de Foral de 4 de Março de 1125, outorgada pela Rainha D. Teresa, que fez Vila o então Lugar de Ponte, localizado na margem esquerda do Rio Lima, junto à ponte construída pelos Romanos no século I, no tempo do Imperador Augusto. Segundo o Historiador António Matos Reis, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal, inserindo-se nos planos de autonomia do Condado Portucalense prosseguidos por D. Teresa, através da criação de novos municípios. Herdeira e continuadora de um rico passado histórico, Ponte de Lima orgulha-se de possuir um valioso património histórico-cultural, que este portal se propõe promover e divulgar.

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